O Partido dos Trabalhadores está disposto a fazer uma coligação com o Democratas do Pará para a eleição proporcional à Câmara Federal. A proposta foi levada ao presidente do DEM, deputado federal Vic Pires Franco, pelo chefe da Casa Civil de Ana Júlia Carepa, Everaldo Martins. Até o fechamento desta edição, Vic não havia dado resposta aos petistas.
O PT descartou, contudo, uma aliança com os Democratas na eleição majoritária (Senado e governo do Estado), o que significa que se não se aliar ao PSDB, Valéria Pires Franco poderá ter que entrar sozinha na disputa para senadora.
“Nós temos uma decisão da direção estadual de fazer o melhor para a candidatura majoritária e o PT está à disposição para acordos que assegurem essa estratégia”, explicou André Farias, responsável pela coordenação Executiva da campanha da coligação “Acelera Pará”, encabeçada pelo PT e que reúne outros 13 partidos.
CANDIDATOS
Farias disse não acreditar que uma aliança do PT com o DEM prejudique a eleição dos candidatos petistas à Câmara Federal. “Temos candidatos competitivos, nomes reconhecidos, não atrapalharia”. Entre as vantagens da possível aliança, citou o tempo de TV que cresceria em mais de um minuto e meio e o voto na legenda.
Indagado se a militância petista entenderia a aliança, ressaltou que o acordo ainda não está fechado. “Só se houver acordo é que poderemos analisar como isso será recebido pela militância e pelos eleitores do DEM”.
Os Democratas estão num impasse. Pressionado pela direção nacional, o PSDB do Pará aceitou Valéria Pires Franco como candidata ao Senado, ao lado do senador tucano Fernando Flexa Ribeiro que concorre à reeleição. A legenda do candidato Simão Jatene, contudo, não abriu espaço para uma coligação na eleição para deputado federal, justamente um dos principais interesses de Vic, que tentará a reeleição para deputado federal.
Por sua vez, o PT aceita a coligação para a Câmara dos Deputados, mas não abre a vaga para o Senado, embora não descarte ajudar com estrutura para a campanha em uma possível candidatura avulsa de Valéria. Em dúvida, os Democratas devem deixar o anúncio da decisão para segunda-feira, último dia do prazo para registro das candidaturas.
Ontem, Democratas e tucanos evitaram falar sobre as negociações. “A condição nossa para uma aliança é a coligação proporcional (deputado federal). Qualquer partido que oferecer isso estará viabilizando uma aliança”, disse o deputado federal do DEM, Lira Maia, que também quer concorrer à reeleição ao lado de Vic. Maia afirma, contudo, que as conversas estão a cargo do presidente do partido e prefere não fazer prognósticos.
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