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Parauapebas, Pará, Brazil
Empresario,30 anos natural do Tocantins e morando há 30 anos em Parauapebas.

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Corpo de Ana Karina não estaria mais no rio




Após a reconstituição, coordenada pelo perito criminal Orlando Salgado Gouvêa, ocorrida sábado em Parauapebas, no caso envolvendo o desaparecimento e morte da comerciária Ana Karina Matos Guimarães, 29 anos, a Polícia desconfia que o corpo pode ter sido retirado dias após ter sido ocultado no rio Itacaiúnas.

Segundo os acusados pelo crime, o corpo foi colocado dentro de um tambor de 200 litros e arremessado de cima de uma ponte que liga Marabá a Parauapebas, sobre o rio Itacaiúnas.

A hipótese de que o corpo foi retirado de dentro do tambor foi levantada pelo delegado André Luiz Nunes Albuquerque, que preside o inquérito. O pistoleiro Francisco de Assis Dias, o “Magrão” réu confesso de ter ajudado a ocultar o corpo, novamente informou e indicou o local de onde o tambor foi arremessado.

Ele foi o único que participou da reconstituição após a desembargadora Teresinha Martins Fonseca ter determinado que os acusados “Macarrão” e “Minego” não participassem do evento.

Militares do Corpo de Bombeiros, policiais civis e peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) de Marabá e Belém realizaram a reprodução simulada no sábado pela manhã e à tarde. Com ajuda do pistoleiro “Magrão”, os peritos refizeram todos os passos dos acusados. No lugar dos acusados Minego e Macarrão foram usados peritos.

O curioso é que, segundo o coronel bombeiro Mário Morais Filho, “Magrão” disse ter ajudado a jogar o tambor de cima da ponte, porém em duas simulações foram jogados dois tambores semelhantes e os objetos ficaram exatamente onde foram arremessados, diferentemente do tambor com o corpo de Karina.

O perito criminal, Orlado Salgado Gouvêa, que trabalhou no caso do homicídio da missionária Dorothy mae Stang, assassinada no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, informou que é prematuro qualquer comentário a respeito do caso, mas garantiu que em pelo menos trinta dias deve emitir um laudo com as conclusões.“Somente depois de analisar os depoimentos, teremos condições de apontar alguma contradição”, comentou.

A advogada, Amanda Marra Saldanha, que atua na assistência de acusação no caso Ana Karina lembrou que o crime não deve ficar impune e que independentemente de o corpo aparecer ou não, a capitulação penal dos acusados não deve mudar.

“Eles devem continuar sendo acusados de duplo homicídio e ocultação de cadáver, pois embora o corpo ainda não tenha sido localizado, há elementos que podem condená-los”, lembrou a advogada.

PROVA

De acordo com o juiz criminalista, Emerson Benjamim Pereira de Carvalho, titular da 4ª Vara Penal de Marabá, há jurisprudência que versa sobre homicídios em que o corpo não é localizado.

Para ele, serão aplicados os artigos 158 e 167 do CPP, ou seja, a prova da materialidade da infração penal será feita pelo exame de corpo de delito indireto (prova testemunhal ou outra equivalente).

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